28 de outubro de 2010

A perspectiva positivista de Bernardino Machado



                "A REPÚBLICA É MATEMÁTICA E FATAL"


"Quando um corpo cai sobre outro, pode não o despedaçar, mas aquece. Também em todas estas lutas cívicas aquecemos e vamos mais e mais excitando em nós o espírito republicano revolucionário.

Sim! Todos os republicanos portugueses somos hoje revolucionários, não o podemos deixar de ser, somo-lo por necessidade.

A revolução é o conflito fatal entre um regime que se torna cada vez mais reaccionário e uma sociedade que se torna cada vez mais avançada. Não podendo operar-se o progresso da nação pelo progresso das instituições, opera-se em luta contra elas; e, não podendo portanto chegar-se à República pela evolução do poder, tem de chegar-se lá pela revolução popular. É inevitável. E é o que tem de acontecer entre nós, porque nos últimos anos a nação portuguesa incessantemente progrediu e o regime incessantemente retrogradou.
" 

Bernardino Machado, Eleições Locais - Conferência pronunciada na Sede da Comissão Municipal Republicana de Lisboa em 16 de Outubro de 1908, Typ.Bayard, 1908 

O ideal republicano de Guerra Junqueiro



"... Governar é fazer, dia a dia, a equação dos costumes. É traduzir em leis a dinâmica viva das almas e dos interesses. As questões económicas ou religiosas têm dentro da filosofia uma solução ideal, e dentro da política e do governo uma solução concreta e transitória. Não se inventam nações, imaginando códigos. Os códigos estão para as nações como os vestidos para os corpos. Quando a estatura cresce amplia-se o vestido, alarga-se o direito. A Pátria Portuguesa não cabe dentro da monarquia, por culpa da monarquia. Aspira à justiça e dão-lhe burlas, aspira à ciência e dão-lhe trevas, aspira à honestidade e dão-lhe roubos, aspira ao bem-estar e dão-lhe fome, aspira à extinta luz, à extinta glória, e dão-lhe infâmias e sarcasmos, inquisições e tiranias.

Hoje só pode salvar-se por si própria, por um acto de grandeza moral e de heroísmo colectivo. Sem força física, vive-se ainda. Mas, quando se morre mortalmente, acaba-se de vez.

Salvemo-nos por uma República, mas uma República Nacional fundada na ordem e no direito, no trabalho e no amor, na liberdade e na harmonia. Que viva a República, para que viva a Pátria de nós todos!
"

Guerra Junqueiro, Mensagem de G. Junqueiro ao Congresso do Partido Republicano, em 25 de Abril de 1908 [in, Vida Mundial, nº1634, 2/10/1970] 

25 de outubro de 2010

Hino da Maria da Fonte (séc. XIX)

"A Portuguesa": um hino, símbolo da República

Um hino é um canto de louvor. Na Antiguidade cantavam-se hinos aos deuses. Na Europa multiplicaram-se e aperfeiçoaram-se os hinos religiosos desde a Idade Média. Mas a ideia de adoptar uma música como símbolo de um país só surgiu no século XIX. 


Anteriormente era costume escolher para as cerimónias oficiais um tema composto em honra do rei. No tempo de D. João VI, por exemplo, tocava-se o "Hymno Patriótico", de António Marcos Portugal. Em 1834, depois da guerra civil e do triunfo dos liberais, o rei D. Pedro IV aprovou uma lei que declarava uma obra sua - o "Hymno da Carta" - como hino nacional. Manteve-se em vigor até à queda da monarquia.


Quando se implantou a República portuguesa, mudaram os símbolos do País. O projecto da nova bandeira desencadeou grandes discussões e apareceram dezenas de propostas. Quanto ao hino, não houve dúvidas. Toda a gente aprovou a escolha de "A Portuguesa", que já existia e era cantada com fervor em homenagem ao povo português e à História de Portugal. O Hino Nacional tem três estrofes, mas geralmente só se canta a primeira.



Para saber mais, consulte:














22 de outubro de 2010

Série Álbuns da República

A editora Tinta da China está a publicar a série "Álbuns da República", estando disponíveis os seguintes títulos:

Os Postais da Primeira
República
António Ventura
Primeiro de uma série de seis irresistíveis álbuns ilustrados, em parceria com a Comissão para as Comemorações do Centenário da República 1910-2010.


2º volume:
Os Cartazes na
Primeira República
Maria Alice Samara
Tiago Baptista

3º volume:
As Caricaturas da
Primeira República
Osvaldo Macedo de Sousa


Para saber mais ou comprar com desconto, consulte o endereço da editora, disponível emhttp://www.tintadachina.pt/themes.php?code=e3ec4c4bd3129642f80ca1ad346db658

Projecto "Marcas das Ciências e das Técnicas" Lisboa


"Nas metrópoles modernas há factores de desenraizamento que resultam de não sabermos a história do chão na nossa rua, ou dos monumentos alcançados pela janela do carro quando vamos para o trabalho. Ou ainda a origem de certa toponímia e a personalidade representada na estátua de um largo. Como a tradição de um restaurante e o cheiro de uma árvore, durante um passeio dominical.


Sendo um dos produtos do PROJECTO MARCAS DAS CIÊNCIAS E DAS TÉCNICAS PELAS RUAS DE LISBOA, este sítio fornece instrumentos que propiciem bons hábitos de descoberta e momentos de bem-estar, fornecendo pistas para sentir o pulsar dos bairros históricos lisboetas, num melhor e mais perdurante aproveitamento científico e técnico, e, por isso mesmo, também cultural."

21 de outubro de 2010

Roteiros republicanos


"O sítio Web Roteiros Republicanos, integrado no programa de comemorações do Centenário da República, tem em vista a identificação e divulgação do património histórico e material da história da I República e do Republicanismo.

Os pontos de interesse  contemplam a  toponímia associada às principais figuras  e acontecimentos, património artístico, cultural e arquitectónico da I República, cujo legado inclui ainda museus, cinemas, teatros, coretos, fontes e jardins, edifícios públicos, equipamentos sociais, escolas, associações, empresas, lojas, restaurantes e cafés, a par de todo o património imaterial associado a este período."

Materiais sobre a I República


Sítio web sobre a I República, do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Na página "HISTÓRIA DA I REPÚBLICA" estão disponíveis biografias, legislação, debates parlamentares, iconografia, cronologia e outros documentos e fontes. Site disponível em: 
http://www.primeirarepublica.org/portal/



A Árvore do Centenário

A Árvore do Centenário é uma iniciativa de várias instituições, incluindo a QUERCUS, que visa a recuperar a memória de uma iniciativa republicana antiga e despertar o espírito ecologista.
Destinado prioritariamente às escolas, está disponível em:
 http://arvore.centenariorepublica.pt/

19 de outubro de 2010

Iconografia republicana




Queres saber mais sobre esta imagem?


      O Museu da Cidade/CML editou "A Cidade de Lisboa elege a sua 1.ª Vereação Republicana - Comemoração do 1.º Centenário", monografia que aborda a pintura “O Sufrágio” - obra executada na sequência de encomenda em 1912, pelo Município, ao pintor José Veloso Salgado.

   Consulta os documentos disponíveis nos seguintes endereços:

Exposição sobre as Mulheres na I República



De 2 de Outubro a 31 de Dezembro de 2010

Biblioteca-Museu República e Resistência da Cidade Universitária (Lisboa, perto do Hospital de Santa Maria)







Periódicos da Hemeroteca Digital

Acesso on-line a diversos periódicos fundamentais para o conhecimento aprofundado da república portuguesa, disponível em http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/

18 de outubro de 2010

Exposição Itinerante "Viva a República"

Consulta a Exposição itinerante, na qual se baseou parte da exposição da nossa escola e realiza o QUIZ, a partir do endereço electrónico seguinte:  http://digressao.centenariorepublica.pt/

Site oficial das Comemorações

Para começar a pesquisar materiais no âmbito da temática da República, consulte o endereço electrónico seguinte:  http://www.centenariorepublica.pt/

Comemorações do centenário da República na escola

No âmbito das comemorações do centenário da República, a Escola Secundária Leal da Câmara montou a Exposição "Visões da República", patente no BE/CRE até ao final do corrente ano.  A visitar!